Política reduziu criminalidade em Nova
Iorque, mas membro da Comissão de Direitos Humanos da OAB/MG revela
fragilidades dos argumentos, já que não aprofundam
questões sociais
Em sua palestra magna, o
ex-prefeito de Nova Iorque disse o tempo todo que o programa Tolerância Zero
pode dar certo em qualquer lugar do mundo, mas, para isso, é necessário ter
controle rigoroso dos dados estatísticos para balizar a ação policial.
Acrescentando, que é muito importante ter a polícia unificada: policiais que
investigam, junto com os policiais preventivos ou que patrulham para que haja a
troca de informações.

Rudolph Giuliani tornou-se famoso por implementar a política de “tolerância zero” contra criminosos em
Nova Iorque, o que diminuiu as taxas de criminalidade da cidade. Os crimes
caíram 57%. Era ele o prefeito quando houve os ataques do 11 de setembro de
2001.
Em contraponto ao programa Tolerância Zero, o procurador de Justiça e professor da Universidade Federal do Paraná, Paulo César Busato, defende a humanização do direito penal. Em sua palestra, ele explicou que a sociedade pós-moderna é fragmentária, possuindo diversos paradigmas e, via de consequência, múltiplos modelos de direito penal e, sendo assim, a filosofia da linguagem seria a que fornece o melhor instrumental de aplicação e elaboração do direito penal.
Quem também não concorda com o Tolerância Zero e proferiu palestra sobre “ Preponderância da pena na busca da paz e da segurança pública” foi o eminente jurista, professor e procurador de Justiça do Estado de Minas Gerais, Rogério Greco.
Nos demais painéis apresentados no VI Congresso Internacional de Direito Penal e Criminologia, realizado entre os dias 2 e 4 de setembro, em Belo Horizonte, também houve debates e ideias instigantes como, por exemplo, a palestra do procurador de Justiça do Paraná, Eugênio Pacelli, que substituiu o ministro do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes, para falar de Corrupção Sistêmica. “O Direito Penal mínimo é um postulado da Constituição. Se o princípio é o texto, o postulado é o contexto”, disse Pacelli. E o debatedor Hebert Carneiro, que é desembargador do Tribunal de Justiça de Minas Gerais, criticou severamente o novo projeto de Código Penal por fazer uma predileção pelas penas privativas de liberdade.
A painelista Flávia Santinoni, que é doutora em Direito e analista legislativa do Senado Federal, e o debatedor Melillo Dinis do Nascimento, advogado e diretor do curso de Direito da Universidade Católica de Brasília causaram polêmica com divergências instigadoras propostas para o tema "Análise Econômica do Crime". Flávia propôs uma teoria utilizando-se de mecanismos da ciência econômica para chegar ao equilíbrio perfeito de custo-benefício do crime, chegando a propor que a pena perfeita é aquela que obriga a reparação do dano e estabelece multa administrativa. Ao discordar, Melillo Dinis trouxe para o debate, a necessidade de incorporar axiomas a dados meramente estatísticos, de modo que se permita um reconhecimento total da pessoa.
Além disso, Melillo Dinis citou que o professor Roberto Lira Filho ensinava na UNB que era importante tomar cuidado com teorias velhas, apresentadas como novidade. “Essa proposição entra em consonância com a impressão que tive dos palestrantes que participaram do primeiro dia do Congresso, pois, eles valorizaram em demasia a utilização, no Direito Penal, da teoria funcionalista”, afirma o advogado Wagner Dias Ferreira.
2001.
Em contraponto ao programa Tolerância Zero, o procurador de Justiça e professor da Universidade Federal do Paraná, Paulo César Busato, defende a humanização do direito penal. Em sua palestra, ele explicou que a sociedade pós-moderna é fragmentária, possuindo diversos paradigmas e, via de consequência, múltiplos modelos de direito penal e, sendo assim, a filosofia da linguagem seria a que fornece o melhor instrumental de aplicação e elaboração do direito penal.
Quem também não concorda com o Tolerância Zero e proferiu palestra sobre “ Preponderância da pena na busca da paz e da segurança pública” foi o eminente jurista, professor e procurador de Justiça do Estado de Minas Gerais, Rogério Greco.
Nos demais painéis apresentados no VI Congresso Internacional de Direito Penal e Criminologia, realizado entre os dias 2 e 4 de setembro, em Belo Horizonte, também houve debates e ideias instigantes como, por exemplo, a palestra do procurador de Justiça do Paraná, Eugênio Pacelli, que substituiu o ministro do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes, para falar de Corrupção Sistêmica. “O Direito Penal mínimo é um postulado da Constituição. Se o princípio é o texto, o postulado é o contexto”, disse Pacelli. E o debatedor Hebert Carneiro, que é desembargador do Tribunal de Justiça de Minas Gerais, criticou severamente o novo projeto de Código Penal por fazer uma predileção pelas penas privativas de liberdade.
A painelista Flávia Santinoni, que é doutora em Direito e analista legislativa do Senado Federal, e o debatedor Melillo Dinis do Nascimento, advogado e diretor do curso de Direito da Universidade Católica de Brasília causaram polêmica com divergências instigadoras propostas para o tema "Análise Econômica do Crime". Flávia propôs uma teoria utilizando-se de mecanismos da ciência econômica para chegar ao equilíbrio perfeito de custo-benefício do crime, chegando a propor que a pena perfeita é aquela que obriga a reparação do dano e estabelece multa administrativa. Ao discordar, Melillo Dinis trouxe para o debate, a necessidade de incorporar axiomas a dados meramente estatísticos, de modo que se permita um reconhecimento total da pessoa.
Além disso, Melillo Dinis citou que o professor Roberto Lira Filho ensinava na UNB que era importante tomar cuidado com teorias velhas, apresentadas como novidade. “Essa proposição entra em consonância com a impressão que tive dos palestrantes que participaram do primeiro dia do Congresso, pois, eles valorizaram em demasia a utilização, no Direito Penal, da teoria funcionalista”, afirma o advogado Wagner Dias Ferreira.

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