Em pronunciamento durante Audiência
Pública, que contou com a presença dos presidentes nacional e estadual da OAB, Marcus
Vinicíus Lobato e Luiz Claudio Chaves, além de William Santos da Comissão de
Direitos Humanos da OAB/MG, o deputado Nilmário Miranda falou de sua
participação na comitiva do Conselho de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana
(CDDPH), que realizou diligência em Ipatinga para cobrar da polícia mineira a
apuração rigorosa do assassinato do jornalista Rodrigo Neto.
A comitiva,
dirigida pela ministra Maria do Rosário, também contou com a presença do
procurador Federal dos Direitos do Cidadão, Aurélio Rios; Percílio Sousa Lima,
da OAB Federal; a representante do Colégio de Procuradores Gerais de Justiça,
Ivana Farina; o conselheiro Tarciso Dal Maso e Nilmário Miranda como
representante da Câmara dos Deputados.
A suspeita da
morte brutal e covarde do jornalista e advogado Rodrigo Neto recai sobre grupo de extermínio que age
impunemente no Vale do Aço, mata e aterroriza testemunhas contra eles. Por
isso, as presenças das prefeitas de Ipatinga, de Coronel Fabriciano e dos
prefeitos de Timóteo e Santana do Paraíso.
Um Comitê Rodrigo Neto, com jornalistas que se
sentem ameaçados e amigos do jovem advogado e jornalista, reuniram-se com a
ministra Maria do Rosário. A audiência foi conduzida pelo deputado Durval
Ângelo, presidente da Comissão de Direitos Humanos (CDH) da Assembleia
Legislativa mineira. Durval Ângelo relatou que os policiais acusados da participação
no grupo de extermínio têm processos administrativos que se arrastam por anos a
fio. O delegado especial Emerson Morais veio de BH, designado pelo chefe da
Polícia Civil.
A ministra dos Direitos Humanos comprometeu–se a
requerer ao ministro da Justiça a entrada da Polícia Federal para colaborar com
as investigações do delegado do caso. É importante investigar também os crimes
que Rodrigo Neto denunciou e pelos quais pagou com a vida.
O CDDPH ficou chocado com o relato da decapitação
de uma testemunha cuja cabeça foi atirada na casa de um capitão da PM enrolada
em um jornal com reportagem de Rodrigo Neto. O crime contra Rodrigo neto é um
crime contra a liberdade de expressão: matar o mensageiro para calar a
mensagem.
Presentes à audiência, o promotor Bruno e o
procurador federal Edmar Machado comprometeram–se a trabalhar juntos para
enfrentarem o grupo de extermínio infiltrado nas duas polícias (civil e militar)
e romper o ciclo de impunidade.
Também estiveram presentes o deputado federal
Gabriel Guimarães e vereadores da região: todos apoiam a ação integrada dos
operadores da segurança e da justiça. “Também vou pedir ao Ministro José
Eduardo Martins Cardozo para não medir esforços para libertar o povo do Vale do
Aço dos que operam a barbárie. Mas não se pode esquecer que cabe ao governador
Anastasia garantir o direito à segurança pública e de extirpar das policiais
mineiras esses criminosos”, afirmou.