Uma boa sincronia
*Wagner Dias Ferreira
No dia 10 de dezembro em todos os anos desde 1948 é comemorada
em todo o mundo a assinatura da Declaração Universal de Direitos Humanos, um
documento legal com vigência em muitos países que além de se tornarem signatários
fizeram que o conteúdo do mínimo ético da humanidade constante deste documento
se tornasse também texto constitucional
no âmbito de seus territórios. O Brasil é um desses países. A Constituição da
República Federativa do Brasil tem em suas cláusulas pétreas, algumas que não
podem ser modificadas, conteúdo absolutamente sincronizado com a Declaração
Universal dos Direitos Humanos.
Observando que este mínimo ético humanitário foi escrito ao
final da Segunda Guerra Mundial, conflito armado que envolveu grandioso número
de nações e produziu as maiores atrocidades que já se pensou em termos de
violação humanitária já realizado no planeta terra. Notadamente, o holocausto e
a explosão de duas bombas atômicas.
Daí a expectativa de que a assinatura de um documento tão
importante venha registrar nas
expectativas de seus efeitos o fim de condutas tão violadoras da humanidade.
Trazendo, promovendo e mantendo a paz.
Em termos humanitários, a declaração universal dos direitos
humanos ser comemorada em dez de dezembro produzir uma sincronicidade
importante com o dia primeiro de janeiro, data dedicada à comemoração mundial
do Dia da Paz. E com um lapso temporal de exatos 21 dias entre uma data e
outra.
Alguns aspectos nestas datas são de registros necessários. O
dia 10 remete imediatamente ao capítulo 10 do livro de Daniel na Bíblia. A
distância em dias do dia 10 ao dia primeiro é de exatos 21 dias. O mesmo tempo
gasto pelo anjo para atender às orações de Daniel naquele mesmo capítulo 10 do profeta
bíblico, tão majestosamente esculpido por Aleijadinho em pedra sabão. A
consciência desta sincronia boa faz ver a obra do artista com novos olhos, uma
contemporaneidade iluminadora.
Não há como dizer que estas sincronias boas tenham sido
planejadas. Mas elas coincidem de forma estimulante e boa. Comemorar ou
refletir os direitos humanos no dia 10 de dezembro, esperar 21 dias, como no
caso do texto da bíblia, e ao final comemorar a paz no primeiro de janeiro.
É claro, tendo no percurso a comemoração do natal. Festa tão importante
para a cultura ocidental e que lembra a maior de todas as referências ao homem
contemporâneo de um padrão ético e de procedimento moral irretocável.
Comemorado no dia 25 de dezembro como o “Menino Deus”.
Tudo isso permite à humanidade se refazer nestes 21 dias.
Promover um balanço de atitudes, comportamentos e decisões a fim de que estas
no ano iniciante se direcionem sempre para implementação tornando aquele mínimo
ético da Declaração Universal dos Direitos Humanos como uma constante de nossas
vidas no momento mais importante do ano, natal e ano novo.
Esse conjunto de coincidências faz do fim de ano um período
onde se pode constatar claramente uma sincronicidade boa e capaz de produzir
bons frutos quando se toma consciência dela e a aplicamos ao nosso proceder.
*Advogado e Membro da Comissão de Direitos Humanos da OAB/MG
Confira onde meu artigo já foi publicado:
Dom Total:
O Debate:
http://jmonline.com.br/novo/?noticias,22,ARTICULISTAS,152436
A Folha Regional:http://www.afolharegional.com/ ?url=artigos/espaco-livre/uma- boa-sincronia
Diário de Araguari:
A Folha Regional:http://www.afolharegional.com/
Diário de Araguari:
Ribeirão das Neves.net